Ela entrou no escritório imponente, as paredes forradas de livros e desejo.
A luz baixa, o som de jazz ao fundo. Ele estava à sua espera. De terno, impecável, com os olhos afiados como lâminas.
— Está atrasada, Isabella.
— Me dá uma boa razão para isso… ou pague o preço.
Ela sentiu o frio correr pela espinha, mas manteve a postura.
Ele se aproximou. Puxou uma cadeira com firmeza e apontou com os olhos.
— Senta.
— Vamos assinar um novo tipo de contrato.
Ela se sentou, o coração acelerado. Um envelope preto foi deslizado até ela. Dentro, um único papel, com regras. Regras de entrega, silêncio e confiança.
Assinou.
Sabia o que isso significava.
Ele caminhou atrás dela, passou os dedos pelo decote das costas, até alcançar a nuca.
Puxou o cabelo com firmeza, forçando sua cabeça para o lado. Beijou com intensidade, sem pedir permissão.
— A partir de agora, cada prazer seu é concedido. Não dado.
— Você vai implorar para ser tocada.
— Vai me desejar até perder o juízo… e vai me obedecer em cada detalhe.
A venda veio em seguida.
Depois, os punhos amarrados com um lenço de seda.
Os saltos retirados com a ponta do sapato dele.
Ela estava à mercê.
— A sua voz agora é o seu corpo.
— Me mostra o quanto me quer sem dizer uma palavra.
As mãos dele eram precisas.
Não havia hesitação, só domínio.
A ponta de um chicote de couro tocou sua coxa lentamente.
Depois, um beijo quente atrás do joelho.
O contraste fazia seu corpo explodir por dentro.
— Se você tremer de novo... eu paro.
— E sei que é exatamente isso que você não quer.
Ela não conseguia conter os arrepios.
Ele sabia.
Cada suspiro era um sim.
Cada estremecer, um pedido mudo.
— Hoje, Isabella… você vai aprender o valor do controle.
— E o prazer de ser dominada com classe.