— Tira a roupa.
A voz dele cortou o ar como navalha.
Baixa. Lenta. Inquestionável.

Ela hesitou, e ele riu.
— Você ouviu. Não pergunte, não pense. Só obedece.

Ela tirou primeiro a blusa.
Depois a saia.
Meia hesitação, olhos no chão.

Ele se aproximou por trás, sussurrando no ouvido:

— Eu percebo tudo. Até o seu medo de me entregar o controle.
— Mas sabe o que mais eu percebo? Que você quer.
— Você precisa disso. Da minha ordem. Da minha mão.

Ela estremeceu.

Ele colocou dois dedos sob o queixo dela, erguendo o rosto.

— Ajoelha.
— Agora.

Ela obedeceu.
Lenta. Submissa. Excitada.

Ele ficou de pé, olhando de cima, enquanto caminhava ao redor dela.
Devagar. Sem pressa. Com total domínio da cena.

— Hoje, você não decide nada.
— Você só sente.
— Só recebe.
— E vai me agradecer por cada segundo.

Ele se agachou, aproximando o rosto.

— Fala. Diz o que você é.

— Sua.

— De quem?

— Sua. Só sua.

Ele sorriu.

— Boa garota. Agora abre a boca.
— Quero te ouvir gemer com a minha palavra na sua garganta.
— E depois… você vai implorar pra eu continuar.

Ela gemeu. Ele só usava palavras.
Mas ela já estava molhada, arrepiada, entregue.

Porque naquele quarto, naquela noite...

 

A única coisa que ela queria era obedecer.