Ela entra na sala.
Desta vez, nada de vendas.
Pelo contrário — espelhos por todos os lados.

— Hoje você vai se ver inteira — ele diz, com a voz baixa, rouca.
— Vai aprender a admirar a mulher que obedece.
— Que se entrega sem medo.

Ela engole em seco, sentindo o coração acelerar.
As luzes suaves realçam cada curva refletida, cada detalhe.
Está nua, exceto por um colar com um pingente que balança no centro do peito.
É dele. E isso a faz tremer.

— Ajoelhe-se. De frente pro espelho.
— Quero que olhe nos seus olhos enquanto obedece.

Ela obedece.
As mãos dele tocam de leve a pele, só o suficiente para provocar.
E ele ordena:

— Afaste as pernas.
— Mantenha o olhar.
— Não pisque.

O toque vem. Preciso. Profundo.
Ela geme, mas não desvia o olhar.
Está hipnotizada. Por ele. Por si. Pelo reflexo da entrega.

Ele se posiciona atrás.
Envolve a cintura dela com firmeza.
Fala no ouvido:

— Cada vez que você gozar, vai se ver gozando.
— E vai desejar mais.

O espelho mostra tudo.
A expressão crua.
O corpo que pulsa.
A pele que brilha.

E quando ele penetra, com força, com ritmo, com domínio…
Ela se curva, mas mantém os olhos fixos.

— Isso… assim…
— Veja como você é linda se entregando.
— Veja como seu prazer me pertence.

O corpo dela explode.
E o reflexo vira arte viva de um desejo sem censura.

Ele a segura firme.
Olha no espelho com ela.
E sussurra:

 

— Você nunca mais vai esquecer como é… se ver sendo minha.