Ele mandou a mensagem no meio da tarde:

“Quando chegar, vá direto pro quarto. Luz apagada. Só o abajur aceso. Fique de costas pro espelho. E espere por mim de joelhos. Sem sutiã.”

Ela leu e parou.
Sentiu um arrepio subir pelas costas.
O corpo respondeu antes da mente.

Horas depois, a chave girou na porta.
Ela já estava ali.
Como ele mandou.

De joelhos.
De costas pro espelho.
Com o coração disparado.

Ele entrou devagar, tirando o paletó. Silêncio. Só o som dos passos dele.
Ela não ousava se virar.

— Boa menina — ele disse.
— Mas ainda não terminou.

Ele chegou por trás, ajoelhou-se com ela.
Puxou delicadamente o cabelo dela, só pra expor a nuca.
E sussurrou:

— Hoje você não pensa.
— Só sente.

As mãos dele passearam pelas costas nuas.
Exploravam como se ela fosse território sagrado.
Sem pressa. Sem dó.

Ele passou os dedos pela lateral dos seios, quase tocando — mas não.
Ela gemeu baixinho.

Ele mordeu a orelha dela.

— Você está olhando pro espelho, né?
— Quero que veja tudo que vou fazer com você.

E então veio o primeiro toque entre as pernas.
Firme.
Seguro.
Dono.

Ela arqueou o corpo, mas ele segurou com força.

— Não se mexe.
— Quem manda aqui sou eu.

Ele deslizou a mão por dentro da calcinha, devagar… até encontrar o que já esperava.

— Molhada demais.
— Tão obediente quanto safada.

O som dos dedos dele tocando molhado ecoava no silêncio.
Ela gemia, mordendo os lábios.
Os olhos fixos no espelho.
Vendo a própria imagem se despedaçar de desejo.

E ele?
Firme.
Intenso.
Dominante.

— Hoje você vai gozar me olhando nos olhos.
— Sem pedir.
— Sem pensar.
— Só obedecer.

 

E ela sabia…
A partir dali, não tinha mais volta.